17/10/2009 08h04 - Atualizado em 05/05/2016 11h47

Estádio Estadual Kleber Andrade é tema de audiência pública em Cariacica

Na noite da última quinta-feira (15), em Cariacica, o secretário de Estado de Esportes e Lazer, Luciano Rezende, apresentou o projeto do Estádio Estadual Kleber Andrade e respondeu aos questionamentos dos cidadãos sobre os prazos da obra, a capacidade da arquibancada, áreas de lanches, acessibilidade para deficientes, gestão e administração do estádio, dentre outras perguntas. A audiência pública foi realizada na Câmara Municipal e coordenada pelo presidente da Casa, Charles da Silva.

Também participaram a arquiteta Sheila Basílio, responsável pelo projeto arquitetônico do complexo esportivo; Luiz Marcello Ribeiro, Gestor de Contratos do Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), responsável pela gestão dos processos para a construção do estádio; e, representando a prefeitura de Cariacica, que receberá a obra, a subsecretária de Desenvolvimento Urbano Sônia Marette e a gerente de Controle Urbano e Habitação Susie Fonseca.

No começo da audiência pública, Luciano Rezende contou a história do estádio. “O Kleber Andrade, atleta e dirigente capixaba, sonhou, há 40 anos, com um estádio para todos os clubes e para todos os capixabas. Ainda durante a construção, acabou falecendo. Com isso, os dirigentes batizaram o estádio com o seu nome. Homenagem que o Governo do Estado manteve após comprar o equipamento do time do Rio Branco”, explicou.

Em seguida, foi exibido o vídeo da maquete 3D do Estádio Estadual e apresentados os detalhes do projeto. “O estádio terá até futebol, pois será uma arena multiuso com preparação para shows e grandes eventos, cinco quadras poliesportivas ao redor e a primeira pista oficial de atletismo do Estado, por exemplo. Além disso, nos espaços abaixo das arquibancadas e no Prédio Educacional, haverá espaços para diversas atividades culturais, educacionais, administrativas e de saúde, como academias populares, salas de aula e de convivência, dentre outros”, descreveu Rezende.

Segundo Luiz Marcello, a concorrência para a construção do estádio atraiu diversas empresas do país. “Na última quarta-feira (14), visitei o estádio com representantes de 15 empresas da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo interessadas na concorrência. Eles vieram conhecer o local, pois a vistoria do local é importante para ver as questões de logística e onde será instalado o canteiro de obras, por exemplo”, afirmou.

Sheila Basílio, explicou o conceito arquitetônico e os desafios para a elaboração do projeto. “É um estádio verde e moderno. Terá captação de água da chuva, aproveitamento de energia solar. As linhas do estádio foram projetadas para se harmonizarem com o relevo local e não agredir o meio ambiente”, disse.

Com a abertura para perguntas, funcionários da Câmara, líderes comunitários, vereadores e outros cidadãos da cidade fizeram seus questionamentos:

O Estádio sairá do papel?
Luciano Rezende – Claro que sim. Vários sinais já foram dados. O primeiro, é que todo o dinheiro para a obra já está no caixa do Governo. São quase R$ 100mi reservados, ou seja, não dependem de captação de recurso. O segundo, é que a licitação já está em andamento e empresas de todo o Brasil estão se mobilizando para a concorrência. E a terceira, é que a obra será licitada toda de uma vez. A empresa que ganhar, terá que colocar desde o primeiro ao último tijolo do estádio.

Luiz Marcello – A licitação é uma concorrência pública e dá 30 dias para a apresentação das propostas. Caso não haja questionamentos, a abertura dos envelopes será no dia 29 de outubro. Se não houver intercorrências, em menos de 15 dias o contrato é preparado. Mais poucos dias e ele poderá ser assinado e dada a ordem de serviço. A partir daí, haverá 710 dias para que a obra seja concluída.

Como serão as etapas da construção do Estádio?
Luciano Rezende - O estádio será construído de uma vez. A licitação prevê que o vencedor da concorrência terá que começar a construção e entregá-lo pronto para uso.

Porque começar com 23mil lugares e não 40 mil?
Luciano Rezende – Consultamos a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e fomos informados de que com 23 mil lugares poderemos receber qualquer jogo organizado por ela. Só não seria possível, jogos finais da Taça Libertadores da América e de Copa do Mundo. Cada cadeira do estádio custa R$ 4mil. Se o estádio começar a lotar, teremos o prazer de ampliá-lo logo. Mas não podemos gastar o dinheiro público à toa. Na medida em que for necessário, ampliaremos a capacidade do estádio.

Será aproveitada alguma parte da estrutura atual?
Sheila Basílio – Serão aproveitadas as estruturas do campo, do vestiário e das arquibancadas laterais. O vestiário será reformado e, em seu lugar, serão criadas salas de administração do estádio, sanitários e depósitos. A arquibancada em forma de ferradura, que está atrás de um dos gols foi condenada pela vistoria e não será derrubada.

Terá bares e lanchonetes?
Sheila Basílio – Estão previstos no projeto vários espaços para lanchonetes e bares. Temos quiosques do lado de fora do estádio, no Prédio Educacional e, claro, internamente, para o consumo durante os eventos.

Vocês se preocuparam com a acessibilidade de cadeirantes?
Luciano Rezende – Totalmente. E não só os cadeirantes, mas qualquer deficiente terá condições de acesso irrestrito a qualquer área do estádio. Há no projeto rampas, elevadores, sanitários adaptados.

Luiz Marcello – Existem legislações federais e estaduais para regulamentar a acessibilidade das construções. Além disso, existe a determinação e a fiscalização do Governo do Estado para que isso seja respeitado.

Como será aproveitado o espaço ao redor do estádio?
Luciano Rezende – Ao redor do Kleber Andrade foram colocadas cinco quadras poliesportivas e o Prédio Educacional. Além disso, irá para licitação em breve um estudo de impacto de vizinhança Fora da área do Governo do Estado, existe espaço de sobra para a construção de um parque, mais vagas de estacionamento e qualquer outra iniciativa que possa beneficiar ainda mais os usuários.

De qual time será o estádio, do Rio Branco ainda?
Luciano Rezende – Realizaremos o sonho do Kleber Andrade. Este estádio será de todos os clubes capixabas e de todos os cidadãos capixabas. Ele não é mais do Rio Branco, é do Governo do Estado do Espírito Santo.

É possível inserir o estádio nas atividades da Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016?
Luciano Rezende – O governador Paulo Hartung já nos pediu para intensificarmos as ações para aproveitarmos esses eventos. Nossa geração foi premiada, pois eles só acontecem no mesmo país de geração em geração. Além da Copa de 2014 e das Olimpíadas do Rio, haverá no país a Copa das Confederações, em 2013, que ainda não possui sedes definidas. Para os três eventos, o Kleber Andrade estará pronto. Vamos tentar participar. Para a Copa do Mundo de 2014, independentemente do estádio, queremos receber seleções para os treinamentos antes do período da Copa. Poderemos receber amistosos dessas seleções no Kleber Andrade. Já para o Rio, é possível que algumas atividades sejam realizadas fora da cidade sede, mas não é o usual. Pela nossa posição geográfica, e com o estádio pronto, poderemos nos beneficiar, sim.

Podemos tirar uma das quadras e colocar no lugar uma academia popular?
Luciano Rezende – Já existe, no Prédio Educacional, área disponível para a construção da academia. Não é preciso retirar a quadra.

Além da construção do estádio, o que pode ser feito pelo futebol capixaba?
Luciano Rezende – Para ajudar o esporte, apresentaremos nas próximas semanas a Lei de Incentivo ao Esporte para a Assembleia Legislativa. Esta Lei será o primeiro marco regulatório que vai trilhar o caminho para o gestor esportivo. Além disso, com o fundo que será criado, o Pró-Esporte, será disponibilizado recursos para a capacitação de dirigentes e administradores esportivos e, dentre outras iniciativas, haverá o bolsa-atleta estadual. E, todos os times e atletas que representarem o estado em competições nacionais e internacionais, têm o direito de pleitear recursos na Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport).

Como será a gestão de uso dessa arena multiuso?
Luciano Rezende – Já estamos licitando a obra e, muito em breve, as obras começarão. Então, a partir de agora, temos que discutir qual o melhor caminho para isso. Será a Sesport a administradora do Kleber Andrade? Será criado um outro órgão no Governo do Estado para isso? Pode ser feito uma administração mista com o terceiro setor ou a iniciativa privada? Eu, pessoalmente, acredito que a Parceria Público-privada pode ser a solução. Mas vamos discutir isso com a sociedade e com o Governo. Já visitei o estádio do Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e vamos visitar outros estádios modelos como o do Atlético Paranaense, em Curitiba.

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