13/08/2012 06h10 - Atualizado em 05/05/2016 13h02

Capixabas encerram os Jogos Olímpicos com quatro das 17 medalhas conquistadas pelo Brasil

Enquanto os dirigentes esportivos do Comitê Olímpico Brasileiro tentam encontrar um motivo para explicar o modesto 22º lugar da delegação brasileira nas Olimpíadas de Londres, com apenas 17 medalhas conquistadas – três de ouro, cinco de prata e nove de bronze -, os capixabas que embarcaram para a cidade londrina possuem muitos motivos para comemorar.

Dos sete capixabas que representaram a bandeira do Espírito Santo na maior competição do mundo, quatro deles escreveram seu nome na história dos Jogos e ainda colocaram o Espírito Santo em destaque com as conquistas de duas medalhas de prata – Alison no vôlei de praia e Esquiva Falcão no boxe masculino -, e duas de bronze – Yamaguchi Falcão no boxe e Larissa no vôlei de praia.

E mesmo aqueles que não conquistaram medalhas saíram de Londres com a sensação de dever cumprido e recebendo elogios por especialistas em suas modalidades, como a jogadora Alexandra Nascimento, da equipe brasileira de handebol feminino, o pivô Anderson Varejão da seleção brasileira de basquete e a triatleta Pâmela Oliveira, única triatleta do Brasil nos Jogos Olímpicos.


Esquiva e Yamaguchi Falcão/Foto: COB


Os irmãos Yamaguchi e Esquiva Falcão encerraram a competição com sabor especial. Ambos voltaram a mobilizar o “País do Futebol” na torcida por uma medalha olímpica que não era conquistada desde 1968 quando Servílio de Oliveira conquistou medalha de bronze nos Jogos Olímpicos da Cidade do México.

Vôlei de praia

As duas conquistas do Espírito Santo no vôlei de praia ajudaram o Brasil a ficar na terceira colocação no quadro geral de medalhas na modalidade, com uma medalha de prata e uma de bronze, ficando atrás apenas dos Estados Unidos com uma medalha de ouro e uma de prata, e da Alemanha, com uma medalha de ouro.


Alison posa com a bandeira do ES ainda em Londres/Foto: Asscom/Sesport


Os dois capixabas que representaram o Estado nestas conquistas foram Alison Cerutti, que atuou ao lado do paranaense Emanuel Rego, e Larissa França que, ao lado da parceira Juliana, também levou a bandeira do Espírito Santo ao pódio, ao final da competição.

Ao desembarcar em Vitória e ser recepcionado por amigos e familiares, Alison transcreveu a emoção ao conquistar uma medalha olímpica. “Nunca imaginei conquistar uma medalha olímpica e ainda mais estar ao lado do Emanuel, quem eu vi conquistar medalha nas Olimpíadas de Sidney, na Austrália. Essa medalha representa muito para mim e tenho orgulho de ter representado muito bem o povo capixaba e 190 milhões de brasileiros que torceram pelo sucesso do vôlei e o do Brasil nos Jogos Olímpicos”, destacou o “Mamute”, como é conhecido o atleta capixaba.

Boxe

Os resultados dos irmãos Falcão colocou o boxe olímpico mais uma vez em evidência, ao lado da também boxeadora brasileira Adriana Araújo. Juntos, os três conquistaram três medalhas e reescreveram a história do boxe nacional com uma prata e dois bronzes. Antes, a trajetória mais vitoriosa do esporte tinha sido nos Jogos da Cidade do México, em 1968, quando Servílio de Oliveira foi bronze no peso-mosca.


Irmãos Falcão homenageam o pai Touro Moreno com o famoso "T"/Foto: Dvulgação


Os resultados renderam ao capixaba Esquiva Falcão, além da medalha de prata, a honra de transportar a bandeira no desfile na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, realizada no início da noite deste domingo (12).

A história de vida dos irmãos Falcão foi o que mais marcou nesta trajetória olímpica. A batalha do pai de Esquiva e Yamaguchi, o lendário Touro Moreno, chamou a atenção da imprensa nacional e mundial.

Ter criado os filhos abaixo das mínimas condições e treinado em condições piores ainda, sem estrutura necessária, não abalou a confiança dos lutadores e muito menos a ligação existente entre os atletas e o ídolo-pai-treinador.


Esquiva e Yamaguchi postam ao lado da foto da família em Londres


A confirmação era o gesto que acabou ficando famoso em Londres após cada vitória de Esquiva e Yamaguchi. O formato da letra “T” com os pulsos cerrados revelava a homenagem para o patriarca da família que possui 18 filhos. E nem mesmo uma punição duvidosa na final que tirou das mãos a inédita medalha de ouro para o Brasil foi capaz de abalar o orgulho pela história ou apagar a oportunidade de homenagear o pai. “Fiquei muito triste pela punição que sofri e não entendi, mas logo depois aceitei o resultado e fiquei feliz. Tenho certeza que meu irmão e eu fizemos história aqui em Londres e podemos homenagear o Touro”, disse Esquiva Falcão a uma emissora de televisão, sobre a luta final que lhe rendeu a medalha de prata.

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