03/11/2021 15h39

Uma década depois, ex-atletas voltam aos Jogos Escolares como fisioterapeuta e técnica

Foto: Jordan Andrade/Sesport

Criados com o intuito de gerar um intercâmbio esportivo e cultural entre estudantes de todo o Brasil, os Jogos Escolares se caracterizam por serem também o ponto inicial da formação profissional de ex-atletas.

Participantes das edições de 2011 e 2012 dos Jogos, Layse Morais e Izabelly Plaster retornam à competição 10 anos depois, estreando, respectivamente, como fisioterapeuta e técnica da delegação do Espírito Santo.

Ginasta na infância, Layse Morais conta que a participação nos Jogos Escolares foi determinante na hora de escolher qual profissão seguir. "Quando chegou o momento de escolher o que eu queria fazer profissionalmente, optei por algo que me mantivesse perto do esporte. A fisioterapia surgiu em um momento que estava lesionada e, logo no início do curso, me apaixonei e decidi que era essa a linha esportiva que queria seguir", contou a capixaba de 24 anos.

Apesar de ser a primeira participação dela enquanto fisioterapeuta, Layse Morais admite que retornar aos Jogos exercendo essa profissão foi algo que sempre esteve na mente. "Desde o início, passava pela minha cabeça retornar aos Jogos para ajudar a cuidar dos atletas de hoje como cuidaram de mim há 10 anos", disse.

Outro fisioterapeuta da delegação capixaba, Rodrigo Kiffer acompanhou Layse Morais durante os anos dela como ginástica nos Jogos Escolares e agora vê a atual colega de profissão começar a trilhar os primeiros passos profissionais.

“Faço parte da delegação capixaba desde 2012, atendendo a atletas de todas as modalidades. Durante todos esses anos, tive o prazer de ver crianças comentarem que achavam legal a fisioterapia e o trabalho que exerço. Entre todos esses casos, teve a Layse, que foi uma das que decidiu seguir a carreira. Ela já foi minha estagiária em Vitória e hoje é minha colega de profissão, algo que considero muito gratificante”, destacou Kiffer.

De atleta para técnica

Apesar de já ter participado de outras competições em níveis estadual e nacional, esses também são os primeiros Jogos Escolares Brasileiros (Jebs) de Izabelly Plaster exercendo a profissão.

Nutricionista de formação, ela já participou da competição como atleta do wrestling (luta olímpica) e do judô. Agora, veio aos Jebs como uma das técnicas do judô do Espírito Santo, vivenciando uma experiência diferente da que estava acostumada no tatame.

“Acompanhar a competição como treinadora é uma forma que a gente encontra de continuar vivenciando aquele friozinho na barriga e a adrenalina das lutas. Essa troca é muito gratificante. Ver o nosso atleta realizando um sonho que um dia já foi nosso e dar a eles também a oportunidade de viver o que a gente já viveu um dia”, disse Izabelly Plaster.

Com a experiência obtida no esporte, a treinadora reforça a importância de uma competição esportiva dessa magnitude para a formação desses novos atletas, não só profissional, mas também social.

“Vejo isso aqui como uma sementinha que a gente está plantando, tanto para os atletas quanto para nós profissionais. Sou nutricionista esportiva e faixa preta de judô, mas isso tudo é oriundo do esporte. O esporte abre portas para os atletas, que talvez eles não tivessem se não fosse o esporte: conhecer outro Estado, viajar de avião, ter esse convívio com outros atletas. Tudo isso vem do esporte e graças aos Jogos Escolares”, acrescentou Izabelly Plaster.

 

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