27/03/2019 17h28 - Atualizado em 27/03/2019 17h39

Caratecas capixabas embarcam para competição nacional em Brasília

Os próximos dias serão de muita competição para cinco caratecas capixabas contemplados pelo programa Bolsa Atleta. A partir desta quarta-feira (27), Thais Muglia, Érika Andrade, Bruno Conde, Raylaine Sara e Tamillis Campi embarcam para Brasília, onde disputam a etapa regional do Campeonato Brasileiro e a seletiva nacional da modalidade.

As duas competições serão disputadas no ginásio do Cruzeiro do Sul e são importantes para o calendário. O regional acontece entre quinta (28) e sábado (30) e os campeões garantem vaga na etapa final do Brasileiro, que será disputada em outubro, no Rio Grande do Sul.

Já a seletiva nacional, que começa logo depois, dará vaga na Seleção Brasileira aos dois melhores de cada categoria para a disputa do Campeonato Sul-Americano, marcado para o fim de abril, na Bolívia. Desta competição participarão apenas os caratecas abaixo de 21 anos – Thais, Érika e Bruno.

Mais nova entre os lutadores capixabas, Thais Muglia, de 14 anos, será a primeira a entrar no tatame, na categoria cadete acima de 54 kg, e a expectativa dela é por bons resultados. “Eu estou muito confiante em fazer uma boa competição e conseguir entrar na Seleção, que é algo que eu sempre sonhei”, revela Thais, que de Brasília segue para competições em São Paulo e Las Vegas.

Vencer a competição e garantir um lugar na Seleção também é o desejo de Érika Andrade, que compete na categoria – 55 kg para atletas de 18 a 20 anos. “Me preparei muito bem para este campeonato e minha expectativa é subir no ranking geral e entrar na Seleção. Tenho uma adversária forte, que é de Santa Catarina, mas já estudei ela bastante e acho que tenho grandes chances de alcançar meu objetivo”, conta a carateca, que reforçou a importância do Bolsa Atleta para as suas pretensões durante o ano.

“O Bolsa Atleta me ajudou bastante. Antigamente eu fazia um calendário de competições e não conseguia ir em todas. Agora, sei que vou ter recursos para ir aos campeonatos”, completou.

Sem parar

Fazendo a transição entre as categorias de base e adulto, Bruno Conde é o capixaba que mais vai subir no tatame em Brasília. Somando as duas competições, ele disputará seis categorias diferentes nos dois torneios. Campeão pan-americano e sul-americano, ele é o único dos lutadores de base que já esteve na Seleção e espera bons resultados para conseguir retornar ao grupo.

“Vai ser bem desgastante lutar em tantas categorias nesse curto espaço de tempo, então eu preciso me resguardar, mas ao mesmo tempo preciso ir bem em todas as competições. Meu foco é chegar na Seleção e classificar para o Sul-Americano, mas também preciso ir bem no regional porque vale uma vaga para o campeonato brasileiro final”, contou.

Brasileiro

Mais velhas da delegação capixaba, Tamillis e Raylaine só disputam a etapa regional do Brasileiro e o pensamento das duas é o mesmo: medalhar para melhorar as próprias classificações no ranking geral da modalidade.

Contemplada pela primeira vez pelo Bolsa Atleta, Raylaine fez elogios ao programa e reforçou a segurança que o subsídio oferece aos competidores. “Além da preocupação com alimentação e com os treinamentos, o financeiro também é algo que preocupa os atletas. Então, essa bolsa me deu um suporte muito grande. Agora eu consigo transformar aquela preocupação com o lado financeiro em motivação nas lutas e isso é muito importante”, detalha Raylaine.

Classificada antecipadamente para a etapa final do Brasileiro após conquistar uma medalha de bronze na categoria adulta do último ano, Tamillis vive uma maratona intensa de competições. Recém-chegada da Áustria, onde disputou uma etapa do Open Internacional, a carateca vê esta etapa do Brasileiro como uma boa oportunidade para subir no ranking e ganhar experiência.

“Meu foco, atualmente, é participar do máximo de competições possíveis no Brasil e no exterior para melhorar minha classificação no ranking nacional e no internacional. Minha ideia é adquirir bastante experiência até outubro, para conseguir transformar o bronze do último brasileiro em ouro”, concluiu.

 

Texto: Denys Lobo

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