15/03/2022 17h11 - Atualizado em 15/03/2022 17h12

Silvelane Oliveira: paixão dividida entre basquete em cadeira de rodas e maternidade

Foto: Jordan Andrade/Sesport

Em referência ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no último dia 08 de março, a Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport) conta uma série de histórias de atletas e paratletas femininas que vivem do esporte. Nesta terça-feira (15), é a vez da jogadora de basquete de cadeiras de rodas Silvelane Oliveira.

A atleta tem uma caminhada longa no esporte, que começou na terra natal dela, em Afonso Cláudio. Aos 13 anos, o futebol e o basquete já estavam presentes na vida da esportista. Porém, aos 16 anos, se tornou cadeirante, por conta de uma bactéria que lhe atingiu a medula. Foi então que o basquete em cadeiras de rodas entrou na vida dela, sendo fundamental para a recuperação social e emocional da jogadora.

“Foi pelo esporte que voltei para a sociedade, me vinculei a novas coisas e retornei aos meus estudos. Tudo foi graças ao basquete. Eu sempre fui apaixonada pelo esporte. Comecei no futebol, mas minha paixão sempre foi o basquete”, disse Silvelane Oliveira.

Além de ser uma das principais atletas da modalidade, defendendo a Seleção Brasileira em diversas ocasiões, a jogadora divide o esporte com outras responsabilidades, como a maternidade. Sua prima Paula de Oliveira teve complicações durante a gravidez, em decorrência do novo Coronavírus (Covid-19) e acabou falecendo. Desde então, a guarda do pequeno Erick Rafael, de 11 meses, está com Silvelane Oliveira.

“Sempre é uma carga a mais por ser mulher. Hoje, eu divido o esporte com a maternidade, estudos e a rotina de dona de casa. O basquete e o meu filho são duas paixões incondicionais que eu busco conciliar”, ressaltou a jogadora.

Contemplada com o Bolsa Atleta, da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport), Silvelane Oliveira fez do esporte uma motivação de vida. Evoluindo constantemente, a esportista foi convocada para a etapa de preparação para a Copa América da modalidade, que será realizada no Rio de Janeiro, entre os próximos dias 15 e 21 de maio.

Para este ano, o objetivo da atleta é o mundial da modalidade, marcado para o final do ano, em Dubai. “O esporte é difícil, mas vale a pena. Para mim, ele é sinônimo de disciplina e respeito. Tem seus sacrifícios, mas sou extremamente grata pela oportunidade de voltar para a sociedade. Quero seguir defendendo a seleção. Meu foco é participar do mundial”, completou a atleta.

Bolsa Atleta 

O edital atual do programa Bolsa Atleta está beneficiando 151 atletas e paratletas de alto rendimento, 30 a mais do que no ano anterior, alcançando um recorde no número de bolsas concedidas. O auxílio financeiro mensal varia conforme a categoria do atleta no edital, sendo R$ 500 (estudantil), R$ 1.500 (nacional), R$ 2 mil (internacional) e R$ 4 mil (olímpico). O investimento total da Sesport no programa é de R$ 2,3 milhões.

O valor recebido pelo atleta pode ser utilizado para cobrir gastos com alimentação, assistência médica, odontológica, psicológica, nutricional e fisioterápica, medicamentos, suplementos alimentares, transporte urbano ou para participar de treinamentos e competições, além da aquisição de material esportivo.

 

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