Estádio Estadual Kleber Andrade vira peça central em recomeço de vida
Em um ano difícil para todo o País, por consequência do enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), Rafael Bazon encontrou a oportunidade perfeita para um recomeço, trabalhando no Estádio Estadual Kleber Andrade, da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport). Ex-apenado, aos 26 anos, ele teve a carteira de trabalho assinada como auxiliar de obras, pela construtora Deck, responsável pelas reformas que estão sendo realizadas no estádio desde o ano passado.
Bazon iniciou seus serviços no Kleber Andrade em agosto do último ano, permanecendo ali até dezembro, enquanto cumpria pena no regime semiaberto. Ao final deste período, ele conquistou seu alvará de soltura e foi em busca de oportunidades de emprego.
Apesar de ter concluído o Ensino Médio e realizado um curso de Administração durante a reclusão, Bazon revelou que recebeu algumas ofertas de trabalho, inclusive como marceneiro, sua área de atuação. No entanto, nenhuma das propostas iniciais seria para trabalhar com carteira assinada, seu principal desejo.
Persistente e ciente de que havia feito um bom trabalho durante o tempo que atuou no estádio, ele entrou em contato com a construtora, que lhe ofereceu uma vaga de trabalho.
“A princípio, eu fui contratado como auxiliar, que basicamente faz de tudo um pouco. Eu realizava funções como carregar massas, peças e ferramentas para ajudar os oficiais”, disse Bazon.
Após alguns meses, ele recebeu uma promoção e passou a atuar como meio-oficial, cargo que ocupa atualmente. Agora, além de uma melhoria salarial, ele já pode manusear algumas máquinas e realizar outras funções no serviço.
“Eu aprendi muita coisa aqui na empresa, então receber essa promoção para mim foi muito bom, eu já esperava, pois estava me esforçando bastante para conseguir”, declarou ele.
Recomeço
Segundo Bazon, a oportunidade serviu para um recomeço em sua vida, afinal ele já almejava uma mudança após um tempo preso, mesmo antes da chance de trabalhar no estádio. Entretanto, o jovem relatou as dificuldades encontradas por ex-apenados na busca por um emprego quando retornam ao convívio em sociedade.
“Infelizmente, a maioria da sociedade não acredita na mudança. Muitos me olham e ainda imaginam que estou fazendo algo de errado, mas também tem aqueles que confiam e nos dão oportunidades. Por isso, hoje eu digo para todos que estão na mesma situação em que eu estava que o crime não presta. Só trabalhando mesmo, temos que esperar e confiar”, comentou.
Ainda conquistando espaço no mercado de trabalho, Rafael já possui planos para ampliar o conhecimento. “Eu pretendo fazer um curso técnico de mecânica industrial, para poder, principalmente, operar máquinas grandes”, concluiu Bazon.
Inclusão
O processo de reinserção ao mercado de trabalho pelo qual Bazon passou, enquanto cumpria o regime semiaberto, é abrangido pela Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que permite que os órgãos do poder público exijam, no ato da licitação ou de contratos administrativos, a inclusão de pessoas privadas da liberdade.
A lei se aplica para obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Atualmente, a Sesport conta com sete apenados trabalhando no Klebão, realizando funções diversas como pintura, limpeza e manutenção, principalmente.
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